
Serenidade
Virei água morna,
que se recusa a ferver
e tampouco a esfriar.
E quero manter-me assim,
sem arrepios de gelo
nem tremores de fervura.
Virei rio de planície,
sem securas na vazante
ou desatinos na enchente.
Já não corro, só deslizo.
Entre lírios e serpentes,
eu deslizo.
(In Bodas de Coral)
© Ana Suzuki
Campinas (SP) – Brasil
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4 comentários:
Marise querida, gostei do conteúdo diversificado e atual do blog. Escolhi a poesia de Ana Suzuki, para deixar o comentário, pois além de amiga sou também fã. Parabéns a Ana e a ti, Marise, pela bela atualização.Bjs
1.Obrigada, Marise! Você nem imagina quanto me custou essa tal serenidade,
que só se completou mesmo quando vi o número 70 no bolo do meu aniversário. Incrível, porque para algumas coisas tenho 200 anos e para outras nem nasci ainda!
2.Eu soube da morte de Olga Kapatti, que não cheguei a conhecer mas sabia que era muito querida.
3.Agradeço à Jane pelo comentário. Gosto demais dela.
Abraços,
Ana Suzuki
Nesta Serenidde de Ana Suzuki, busco encontrar a minha, e sentir-me assim, sem o arrepio do frio, nem o calor da fervura....Apenas manter-me aquecida e entrelaçada aos versos desta linda poesia.
É interessante Ana, como muitas vezes nos sentimos assim....com 200 anos em determinados momentos e em outros...apenas recém-nascidas...
Parabéns Poeta Ana, e obrigada por nos brindar com sua inspiração.
Obrigada Marise, por nos trazer em suas Atualização, o encanto para a alma!!
Thais "beijaflor"
Marise querida,
O bom gosto está sempre presente nas escolhas que vc faz dos poema.
Parabéns Ana Suzuki, bela e precisa definição de Serenidade, contada em versos.
Muito lindo e certamente muito verdadeiro.
Com carinho,
Sanzinha
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