segunda-feira, 27 de abril de 2009

A Dança da Deusa da Misericórdia


O coreógrafo chinês Zhang Jigang criou uma apresentação de dança para permitir ao público contemplar a "Guan Yin de Mil Braços". O canal de televisão "China Central" apresentou este espetáculo ao vivo como comemoração do Ano Novo Chinês.
A dança foi apresentada por 21 dançarinas surdas integrantes da "Companhia de Arte Performática Chinesa de Deficientes Físicos." Posicionadas numa longa fila, as bailarinas conseguem dar aos espectadores a ilusão de que os movimentos de seus múltiplos braços e pernas pertencem à figura de uma única deusa.
Para assistir a este belíssimo espetáculo é só clicar na imagem.

"No budismo chinês, Kuan Yin, Guan Yin ou Guānyīn representa a compaixão ou misericórdia de todos os Buddhas e tem sua simbologia advinda do Bodhisattva Avalokiteshvara, divindade do budismo indiano, que dá origem a várias representações asiáticas, e que chega à China com o budismo no ano de 67, sincretizando-se com divindades femininas locais.
Kuan Yin está associada às características femininas da maternidade e proteção, na China estas características estão ligadas milenarmente de modo bastante forte à misericórdia.

Bodisatwa Guan-Yin foi consagrada, universalmente nas diversas correntes budistas, como principal figura da devoção. Não é necessariamente uma deusa, porque guarda traços humanos. Por exemplo, conta-se, na tradição popular, que ela foi uma princesa na antiga Índia, era a mais bela e piedosa entre todas; não gostava de vestidos luxuosos, nem de pratos finos feitos com carnes de animais, embora tudo isso lhe fosse oferecido como direito. Alimentava-se de verduras, porque não suportava ver animais sendo mortos; vestia-se de panos grossos porque gostava de ser simples; e era a mais piedosa entre as filhas. Mas quando chegou o momento de casar, fugiu do palácio porque queria buscar o seu caminho e se dedicar ao ascetismo, seguir o exemplo de Buda. Ao ser obrigada pelos seus pais a contrair casamento, ajoelhou-se diante do palácio do rei, durante dias e noites, sem nada comer, passando frio e tomando vento e chuva, apenas recitando o “Sutra da Grande Compaixão”. E assim, sua fé venceu todas as barreiras. Quando alcançou o Nirvana, não teve desprendimento suficiente para deixar o mundo, porque a sua compaixão era tão forte e infinita que lhe deu forças para fazer o maior voto que alguém podia desejar realizar: “enquanto houver almas sofredoras sobre a face da Terra, não abandonarei esse mundo, e ajudarei todos a alcançar a libertação”. E assim, ela é oficialmente chamada a “Grande Misericordiosa e Grande Compassiva Bodhisattva Guan-Shi-Yin” (a propósito, Guan-Shi-Yin, em chinês, significa literalmente: “Aquela que vê e que ouve o Mundo”)."

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Kuan_Yin
http://www.hottopos.com/mp2/bodhisattva.htm

Um comentário:

Sandra Lúcia Ceccon Perazzo disse...

Um verdadeiro espetáculo!
Interessantíssim a pesquisa feita, Marise.
Beijos
Sanzinha