domingo, 21 de março de 2010
Dia Internacional da Poesia
Versos
Versos! Versos! Sei lá o que são versos...
Pedaços de sorriso, branca espuma,
Gargalhadas de luz, cantos dispersos,
Ou pétalas que caem uma a uma...
Versos!... Sei lá! Um verso é o teu olhar,
Um verso é o teu sorriso e os de Dante
Eram o teu amor a soluçar
Aos pés da sua estremecida amante!
Meus versos!... Sei eu lá também que são...
Sei lá! Sei lá!... Meu pobre coração
Partido em mil pedaços são talvez...
Versos! Versos! Sei lá o que são versos...
Meus soluços de dor que andam dispersos
Por este grande amor em que não crês...
(Florbela Espanca in "A Mensageira das Violetas")
A minha homenagem aos amantes da Poesia.
Gabriel Pensador
Composição: Gabriel O Pensador
Salve, meus irmãos africanos e lusitanos, do outro lado do oceano
Racismo é burrice
Não seja um imbecil
Racismo é burrice
Negro e nordestino constróem seu chão
Racismo é burrice
O racismo é burrice mas o mais burro não é o racista
Racismo é burrice
E se você é mais um burro, não me leve a mal
sábado, 20 de março de 2010
Ana Carolina e Zizi Possi
Para apreciar o vídeo, acione a pausa na playlist do layout lateral
Ruas de Outono
Composição: Ana Carolina / Antonio Villeroy
Nas ruas de outono
Os meus passos vão ficar
E todo o abandono que eu sentia vai passar
As folhas pelo chão
Que um dia o vento vai levar
Meus olhos só verão que tudo poderá mudar
Eu voltei por entre as flores da estrada
Pra dizer que sem você não há mais nada
Quero ter você bem mais que perto
Com você eu sinto o céu aberto
Daria pra escrever um livro
Se eu fosse contar
Tudo que passei antes de te encontrar
Pego sua mão e peço pra me escutar
Seu olhar me diz que você quer me acompanhar
Eu voltei por entre as flores da estrada
Pra dizer que sem você não há mais nada
Quero ter você bem mais que perto
Com você eu sinto o céu aberto
Quero ter você bem mais que perto
Com você eu sinto o céu aberto
Cecília Meireles
Cantiga Outonal
Outono. As árvores pensando...
Tristezas mórbidas no mar...
O vento passa, brando... brando...
E sinto medo, susto, quando
escuto o vento assim passar...
Outono. Eu tenho a alma coberta
de folhas mortas, em que o luar
chora, alta noite, na deserta
quietude triste da hora incerta
que cai do tempo, devagar...
Outono. E quando o vento agita,
agita os galhos negros, no ar,
minha alma sofre e põe-se aflita,
na inconsolável, na infinita
pena de ter de se esfolhar...
(In Palavras e Pétalas)
segunda-feira, 8 de março de 2010
Scenarium, Feliz Aniversário!
Apesar de suas postagens iniciais estarem com datas anteriores à data de hoje, ele foi efetivamente lançado ao público no Dia Internacional da Mulher, com uma homenagem a algumas mulheres e suas respectivas artes.
Agradeço a todos que nos prestigiam com visitas, recadinhos, indicações e sugestões.
Que possamos comemorar muitos anos de emoção e arte!
Meu carinho e meus aplausos a todos,
Marise Ribeiro
Eliane F. C. Lima
Que oito de março, que nada!
Para ser homem de verdade,
sem abrir mão da vaidade,
há que ter fé e firmeza.
Para ser homem, nesta vida,
ignorar a ferida,
esquecer sempre a tristeza.
Para ser homem, homem mesmo,
seguir reto, nunca a esmo,
sentir-se fraco, jamais!
Para ser homem de fato,
ser agressivo ou ter tato,
mas construir sempre a paz.
Para ser homem verdadeiro,
ter um caminho primeiro
e ir mesmo aonde não der.
Esse homem, guia, facho,
peço desculpas, caro macho,
esse homem... é uma mulher!
(23/02/97 – registrado no EDA-RJ)
© Eliane F.C. Lima
Rio de Janeiro (RJ) – Brasil
Visite a arte de Eliane Lima nos seguintes espaços:
Conto-gotas
Literatura em Vida 2
Poema Vivo
domingo, 7 de março de 2010
Voces para la Paz e Lucero Tena
Vozes para a Paz (Músicos Solidários), fundada em 1998 por Juan Carlos Arnanz Villalta, como uma associação independente de ajuda humanitária e sem fins lucrativos, é composta por mais de 300 músicos profissionais, que pertencem a importantes orquestras (Orquestra e Coro Nacional de Espanha, Orquestra e Coro da RTVE, Orquestra e Coro da Sinfônica de Madri, Orquestra e Coro da Comunidade de Madri, Banda Sinfônica Municipal de Madri, Coro do Teatro Nacional da Zarzuela, etc) e várias pessoas vinculadas ao mundo da música.
Eles têm como objetivo apresentar concertos de solidariedade, arrecadando fundos e conseguindo apoios para projetos que auxiliem e protejam os mais necessitados.
Para “Vozes para a Paz”, música, amor e justiça são a mesma coisa.
O Concerto:
Em 10 de junho de 2007, sob a batuta do maestro D. Enrique Garcia Asensio, no Auditório Nacional de Música de Madri, a orquestra se apresentou para um concerto solidário com a finalidade de adquirir uma Unidade Móvel Sanitária, que atendesse a necessidades de 3.600 pessoas que se encontram espalhadas em pequenos povoados entre as montanhas andinas de Huancavelica (Peru).
A música apresentada foi La Boda de Luis Alonso, composta por Gerónimo Gimenez..
A Solista:
Lucero Tena é uma bailarina de flamenco de origem mexicana , que reside na Espanha desde 1958. Integrou a companhia de Carmen Amaya e posteriormente criou seu próprio grupo de dança flamenca. Além de excepcional bailarina, é também uma extraordinária executante de castanholas na interpretação de obras clássicas.
É professora daquele instrumento no Conservatório de Madri.
A arte de tocar castanholas de Lucero Tena é bastante notável. É sabido que o instrumento tem uma longa história e é derivado do “crotales” do mundo antigo. Chegou a ter um lugar especial na dança espanhola popular e clássica. Alguns dançarinos se destacaram por sua habilidade em tocar as castanholas, mas nenhum deles tornou esta arte em si, um meio de expressão estética. Lucero Tena se destaca por isso e por demonstrar sensibilidade rítmica, equilíbrio das variadas sonoridades possíveis, e domínio original do instrumento.
Vários músicos já compuseram para essa grande artista, incluindo Joaquín Rodrigo, que em 1966 compôs e dedicou a ela duas danças espanholas. No decorrer de uma distinta carreira Lucero Tena tem aparecido em salas de concertos em todo o mundo. Ela também se apresenta em recitais com acompanhamento de violão ou piano.
Aprecie esse grande espetáculo, clicando na imagem acima ou aqui.
Fontes: Youtube, Wikipédia, Vozes Para a Paz, Naxos
Líria Porto
passarela
tão leves quais borboletas
tão claras da cor da palha
parecem-se às folhas secas
que o vento espalha
voam perto dos meus olhos
conseguem m'impressionar
mulheres estas mulheres
sexo forte
sexo (fr)ágil?
© líria porto
Belo Horizonte (MG) – Brasil
Conheça a arte de líria porto visitando-a em tanto mar
quarta-feira, 3 de março de 2010
Jorge Humberto
Ah, Dêem-me Rosas!
Quis Deus que eu fosse esta fraca figura,
Que não tivesse nem terras nem empresas,
E deu-me por espinhos excessiva ternura
Com que visto as minhas muitas incertezas.
E o sono vem sempre tarde por esta altura,
Quando a partilha é solidão e reais certezas...
E o vetusto caminho, de minha candura,
É uma paisagem vazia de mãos ilesas.
Assim sou dois, o que quer e o que rejeita.
E revolta-se-me o coração, a toda a hora porvir,
A vida e com ela o amor que me enjeita.
Ah, dêem-me rosas, e um mar de calma!
Brancos braços de mulher onde dormir,
O meu desassossego, a minha alma!
07/08/2003
© Jorge Humberto
Lisboa - Portugal
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