terça-feira, 14 de abril de 2009

Alberto Peyrano



En La Niebla

Desandar, como quien evoca

las horas incontables de la ausencia,
el yo, desesperado en la sordera
de parajes oscuros,
de ignotas caminatas
a la orilla de lagos que abrían en sus huecos
la promesa silenciosa de una luz mortecina,
al menos para saber que allí
la esperanza latía en agonía.
El viento, viejo amigo,
rugía en el ocaso anunciando
los apocalipsis de mis horas vanas
y el mar era besado
por un cielo gris
que bajaba sediento hasta sus aguas.
La niebla me envolvía.
Mi rosario de penas
desgastó mis dedos moribundos
junto al poema póstumo
de tu despedida.

© Alberto Peyrano
2006
Buenos Aires, Argentina

http://www.albertopeyrano.com.ar/

Na Névoa

Retroceder, como quem evoca
as incontáveis horas da ausência
e eu, desesperado na surdez
de lugares escuros,
de desconhecidas caminhadas
à beira de lagos que abriam em seus vazios
a promessa silenciosa de uma luz apagada,
ao menos para saber que ali
a esperança batia em agonia.
O vento, velho amigo,
rugia no crepúsculo, anunciando
o apocalipse de minhas horas vãs
e o mar era beijado
por um céu cinzento
que descia sedento até suas águas.
A névoa me envolvia.
Meu rosário de penas
desgastou meus dedos moribundos
junto ao poema póstumo
de tua despedida

Tradução – Marise Ribeiro

5 comentários:

Maria Souza disse...

Oi Amiga
Parabéns pelo seu blog.
Ele está lindo.
Bjos
Maria Souza

Anônimo disse...

Lindo poema Marise e perfeita sua tradução, parabéns o Blog está magnífico...

Beijão,

Rita

Alberto Peyrano disse...

Minha querida amiga Marise, um pouco tarde para chegar aqui pois meu trabalho não me permeteu um segundo livre, mas fico comovido e agradecido pelo seu gesto de boa amizade e carinho ao postar meu poema no seu lindo blog (hoje enterei-me da postagem). Também lhe agradeço a sua versão em português com um resultado perfeito em conteúdo e significado pelo qual sinto-me honroso de saber que a minha mensagem poética vai ser bem compreendida pelo espírito lusófono graças a você. Obrigado Marise, obrigado de coração.
Deus te abençõe
Alberto

Sandra Lúcia Ceccon Perazzo disse...

Eta coisa bonita esse poema de Alberto Peyrano1
E mais uma sua que não sabia, também sabe traduzir.
Parabéns a vocês dois, Marise querida.
Sanzinha

Anônimo disse...

Que bom ler seus versos aqui nesse site que é um Scenarium maravilhoso.
Você, Alberto, como "Jardineiro" zeloso e paciente, que cultiva suas flores em seu CANTEIRO, só veio enriquecer esse site.
Beijos fraternos, amigo!
Ruth Gentil Sivieri