sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Fazer Amor é Pisar na Eternidade



Fazer Amor é pisar na Eternidade

Fazer amor é coisa séria demais...
Não basta um corpo e outro corpo, misturados num desejo insosso, desses que dão feito fome trivial, nascida da gula descuidada, aplacada sem zelo, sem composturas, sem respeito, atendendo exclusivamente a voracidade do apetite.

Fazer amor é percorrer as trilhas da alma, uma alma tateando outra alma, desvendando véus, descobrindo profundezas, penetrando nos escondidos, sem pressa, com delicadeza... porque alma tem tessitura de cristal, deve ser tocada nas levezas, apalpada com amaciamentos... até que o corpo descubra cada uma das suas funções.

Quando a descoberta acontece é que o ato de amor começa.
As mãos deslizam sobre as curvas, como se tocando nuvens, a boca vai acordando e retirando gostos, provando os sabores, bebendo a seiva que jorra das nascentes escorrendo em dons, é o côncavo e o convexo em amorosa conjunção.

Fazer amor é Ressurreição!
É nascer de novo: no abraço que aperta sem sufocamentos, no beijo que cala a sede gritante, na escalada dos degraus celestiais que levam ao gozo.

Vale chorar, vale gemer... vale gritar, porque aí já se chegou ao paraíso, e qualquer som há de sair melódico e afinado, seja grave, agudo, pianinho... há de ser sempre o acorde faltante quando amantes iniciam o milagre do encontro.
Corpos se ajustaram, almas matizaram... Fez-se o Êxtase! É o instante da Paz... É a escritura da serenidade!
E os amantes em assunção pisam eternidades!

(Texto atribuído a um Frei do Colégio Santo Agostinho)

Tenho este texto guardado há algum tempo e pra mim é uma das descrições mais perfeitas de um ato de amor carnal; é pura poesia. Tenho dúvidas quanto à autoria do texto, que é atribuída a um Frei do Colégio Santo Agostinho. Fiz pesquisas cansativas, é um texto publicado em vários sites e blogs, mas esbarrei na mesma informação que está aqui. Caso alguém tenha outra informação sobre a autoria, por favor, é só deixar um recadinho nos comentários.

Um comentário:

Sandra Lúcia Ceccon Perazzo disse...

Quando li esse texto pela primeira vez, há alguns anos atrás, fiquei pensando na profunda sensibilidade desse Frei e chorei muito e tbm duvidei da autoria. Será que isso acontece pq não imaginamos um frei amando assim intensamente? Ou será pq o autor não assina o nome?
Belo demais e como vc bem disse é pura poesia.
Beijos Marise, amiga querida.