quarta-feira, 21 de abril de 2010
Olavo Bilac
Delírio
Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
- Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!
Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.
Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
- Mais abaixo, meu bem! - num frenesi.
No seu ventre pousei a minha boca,
- Mais abaixo, meu bem! - disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci...
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Um comentário:
Menina,
Olavo Bilac, quem diria me deixou arrepiada... tantos anos se passaram e ele ainda desperta fantasias e desejos, aí está a magia da poesia!
Parabéns, querida, seu Blog está soberano, maravilhoso... estou encantada e arrepiada!
Abraços,
Rita
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