quarta-feira, 3 de março de 2010
Jorge Humberto
Ah, Dêem-me Rosas!
Quis Deus que eu fosse esta fraca figura,
Que não tivesse nem terras nem empresas,
E deu-me por espinhos excessiva ternura
Com que visto as minhas muitas incertezas.
E o sono vem sempre tarde por esta altura,
Quando a partilha é solidão e reais certezas...
E o vetusto caminho, de minha candura,
É uma paisagem vazia de mãos ilesas.
Assim sou dois, o que quer e o que rejeita.
E revolta-se-me o coração, a toda a hora porvir,
A vida e com ela o amor que me enjeita.
Ah, dêem-me rosas, e um mar de calma!
Brancos braços de mulher onde dormir,
O meu desassossego, a minha alma!
07/08/2003
© Jorge Humberto
Lisboa - Portugal
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2 comentários:
Belíssima atualização, Marise.
Este poema de Jorge Humberto é recheado de sensibilidade, que provaca em nossas almas uma chuva de emoções.
...E deu-me por espinhos excessiva ternura...
Belo, muito belo!
Com carinho
Sanzinha
Lindo demais... mundo maravilhoso da poesia! E que poema! Me deixa arrepiada de emoção...
Parabéns Marise querida, você é uma pessoal com uma luz diferente!
Beijos da Rita.
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