domingo, 18 de outubro de 2009

Luiz Poeta



Bailarina

Não bailas, bailarina, tu deslizas
No palco... e meu olhar que te percorre
Soluça a solidão que suavizas
Com cada gesto teu que me socorre...

Não danças, bailarina, tu flutuas,
Levitas com suaves movimentos
E mesmo sem querer tu atenuas
As dores dos meus tristes sentimentos.

Com leves rodopios, multiplicas
Teu corpo em outras tantas bailarinas;
O meu olhar desmaia onde tu ficas
Num êxtase de trôpegas retinas...

E quando dás o teu último passo,
A solidão das tuas sapatilhas
Aguarda mais um lírico compasso
No palco delicado onde tu brilhas.

Meu coração, então, apaga as luzes
E eu sonho ser o teu único par,
Tu danças, bailarina e me conduzes
À solidão sutil... do teu olhar.

© Luiz Poeta (SBACEM-RJ)
Rio de Janeiro (RJ) – Brasil

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2 comentários:

Anônimo disse...

Estimado amigo Luiz Poeta,
Que linda "BAILARINA!".
Seus versos são sonhos dançantes em nossos corações.
PARABÉNS! Para você e nossa querida Marise, por tão belo espaço poético.
Beijos de carinho.
Malu

Sandra Lúcia Ceccon Perazzo disse...

Falar de Luiz Poeta é dizer da competência, da sensibilidade,da poesia, do professor, do poeta consagrado.
Bailarina comprova mais uma vez o que eu disse.
Marise acolheu seus versos e eu lhe parabenizo e agradeço.
Com carinho
Sanzinha