domingo, 23 de agosto de 2009

Antonio Manoel Abreu Sardenberg



Revelia

Não trace o meu destino à revelia

Não mude o roteiro do meu passo
Não faça do teu mundo fantasia
Nem queira intrometer no que eu faço!

Não esconda a máscara do teu rosto
Não pense que um dia vou ser resto
Não diga que já sou um rei deposto,
Um dia saberá o quanto presto...

Não julgue ser a dona da verdade
Nem cante a vitória usando a lira
Não fira por ferir, só por maldade,
Usando como arma a mentira...

Não faça do passado um tempo morto
Nem diga que a vida é só presente
Não queira fazer frágil aquele porto,
Que um dia se aportou dentro da gente!

© Antonio Manoel Abreu Sardenberg
São Fidélis (RJ) – Brasil

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Um comentário:

Sandra Lúcia Ceccon Perazzo disse...

Sardenberg, poeta e amigo querido,
Sua "Revelia" nos dá uma lição de vida.
Belo poema que Marise soube selecionar com muita sabedoria.
Parabéns por estar nessa casa onde a cultura, a informação e o amor estão presentes.
Com carinho
Sandra LC Perazzo