sábado, 3 de dezembro de 2011

Manuel Bandeira



Desencanto

Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

- Eu faço versos como quem morre.

2 comentários:

Sonia Pallone disse...

Vim pra deixar os últimos rastros deste ano...A partir de agora, tudo fica corrido, impossível, quase...Vim pra agradecer a linda amizade desse ano de 2011 e acreditar que ano que vem estejamos juntas, caminhando novamente de mãos dadas pelas alamedas desse mundão que há muito tempo deixou de ser virtual, porque sinto você e o seu carinho como uma presença real na minha vida. Beijos querida, Boas Festas.

Carmo Vasconcelos disse...

Bem-Vinda, querida Marise!
O seu Scenarium precisava de você.
E nós também! Sentimos sua falta. Mas viajar é muito bom e decerto vc voltou retemperada e mais rica de ideias e emoções. E isso sempre reverterá numa mais-valia para o quanto nos oferece de belo, ditado pela sua pena.
É muito bom sabê-la de volta e sentir sua luminosa presença.
Beijos e meu carinho
Carminho