
Desencontro
pensei
quis
fui
e nada encontrei
frustrei-me diante do amor.
o riso estagnou no canto da boca
a tristeza aumentou
a angústia cresceu
e o desespero...
era inevitável.
tudo se tornou vazio
uma saudade dolente,
sem explicação de ser
e eu nada mais entendo
Saudades...
Saudade de doer.
Olhar o tempo e nada ver.
Procurar o tato e nada ter.
E querer chorar e nada pensar.
Saudade de doer...
E essa musica lenta que traz você.
É esse toque suave em seu rosto.
É esse olhar que se perde na imensidão.
É sentir-se aí e estar aqui.
É perceber e nada entender.
É ouvir sua voz sem som
Falando em minha alma.
Saudade de doer...
É querer voar e não poder
É querer findar e não conseguir
É querer ir, mas ter que permanecer
No aqui e agora, nesse momento de dor
Que lateja peito, que rasga alma.
É querer ir para casa, mas onde é nossa casa?
E porque dessa saudade infinda?
Nada sei...
Apenas sentir,
Deixar as lágrimas descerem...
Dormir, acordar...
Aqui é terra ainda.
Sonhar...
E esquecer essa saudade de doer de você.
Nesta data, em que a querida Zelisa Camargo estaria aniversariando, o Scenarium presta uma singela homenagem à poeta, através de suas eternas palavras.